quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Dizendo oi pra cambada

Olha, eu devo esclarecer, logo de cara, que este blog não é dedicado às mães (leiam o título) de forma alguma, nem aos pais que tenham rara sensibilidade. Não vou traduzir aqui de forma poética a paternidade dentro de uma visão de masculinidade pós-moderna que encara o homem a partir de uma perspectiva evanescedora do que é singular ao homem e a mulher (seja lá o que isso quer dizer).
Para mim homem é homem, mulher é mulher. E não me venham julgar, dizendo bobagens que sou a favor disso ou daquilo, contra isso ou aquilo. Que ser homem é ter dignidade, ter honra, ser fiel e blablablabla. Estas não devem ser qualidades do homem gênero, mas do homem espécie!
Sou homem, do ângulo do gênero, por algumas características, que se estivessem reunidas em uma mulher ela seria sapatão. Por exemplo: choro em filme, mas só se estiver sozinho, e depois pingo colírio pra não dar na vista; sou peludo e me recuso a aceitar a idéia de que devo aparar ou me depilar (isso é, definitivamente, o fim, e não me venha dizer que é questão de higiene, vão se fuder, eu tomo banho e não tenho futum); tenho barba, aparo-a no barbeiro (barbeiro! Não cabelereiro!) e a parte que raspo eu faço com navalha; tiro meleca e peido, não necessariamente em público, mas não fico tímido se tiver alguém por perto; até faço serviços domésticos, mas se der mole eu pulo fora; tenho meus passatempos: cachimbos, charutos, café e internet; não saco merda nenhuma de carro ou futebol, mas finjo bem pra cacete.
Enfim, sou homem a moda do século passado, bom, pelo menos até meados da década de 80.
Assim sendo, o que vou descrever aqui, e não diariamente (porque diário é coisa de mulherzinha e porque, afinal de contas, eu trabalho porra!), é minha visão de homem (conforme eu entendo ser homem) da paternidade, do que eu vivo como pai ( e olha que eu entendo um pouco desta porra, afinal aqui em casa são três).
Dito isso, posso me apresentar. Oi, meu nome é Eduardo, sou professor e pai de três filhos, casado a 10 anos e vou procurar dar uma mão aos confrades homens que são pais mas não leêm a CRESCER porque não se identificam naquilo lá, e querem saber se existe alguém no mundo que pensam como eles, ou se eles são os maiores FDP da Terra. Uma palavra de consolo: mais gente pensa como vocês e sim, nós somos os maiores FDP da Terra, e daí? Nós somos homens!

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